MD- Mini Disc a mídia Digital ótica para armazenar música ou dados, superior ao CD, inventada pela Sony. Documentário e Teste prático de um MD tocando num Aiwa XR-H3MD (restaurado na ESIJMJG). Raridade sobre MD
O MD não foi a primeira tentativa de digitalizar música feito pela Sony (antes disso já houve o DAT Digital Audio Tape), que também foi invenção da japonesa SONY. O MD foi sim a primeira mídia digital ótica que usava Laser vermelho, que veio a ser rival direta do CD (inventado pela Philips com participação da Sony)! O MD foi inventado em 1992, enquanto o CD já estava desde 1987 presente no Brasil!
No Japão o MD fez um sucesso enorme, se tornando a mídia favorita de muitos artistas e gravadoras, que lançaram uma enxurrada de MD's no mercado Japonês. Em outros países o MD também fez sua fama, porém com menos intensidade. No Brasil porém o MD é raro e considerado uma mídia praticamente desconhecida por grande parte da população.
Confiram um Documentário Histórico sobre o MD, bem como um teste do aparelho Aiwa XR-H3MD (restaurado na ESIJMJG).
A vantagem do MD era que além de ser uma mídia digital, permitia gravação /regravação nativa nos discos, algo que o CD não tinha no princípio (somente os modelos CD-R/CD-RW futuramente tinham essa função).
Frente a Fita DAT, o MD tinha acesso direto a faixa (como era também no disco de vínil LP), poupando o usuário de espera para rebobinar/avançar as fitas magnéticas, além de grande durabilidade. O MD ficava embutido numa caixa plástica rígida, e possuía uma pequena janela de acesso, que se abria somente no interior do aparelho de MD. Com isso além de portátil o MD era protegido contra riscos e poeira, algo que o CD já tem muito mais fragilidade!
Mas devido á seu alto custo, no Brasil o MD foi uma mídia pouco usada e conhecida por usuários domésticos. Geralmente aparelhos e discos MD eram importados, o que deixava o custo de aquisição muito desanimador, algo que o CD também teve no começo, porém aos poucos o preço caiu a patamares populares.
O MD nunca foi uma mídia popular no Brasil, e raros são aparelhos de MD que ainda estão disponíveis no mercado, e mais raros ainda os que são funcionais.
Já para as emissoras de rádio AM/FM no Brasil, a realidade sobre o MD é diferente. Muitos radialistas e técnicos de som, vão se lembrar sim do MD, pois era a mídia preferida para se gravar as vinhetas ou montar as playlist's (sequência de músicas). Devido ao maior poder aquisitivo e tecnologia, as emissoras de rádio Brasileiras, adotaram o MD como substituto das fitas DAT com muito mais vantagens face ao mundo magnético.
Comparado ao CD, o MD é sim superior, não em qualidade, mas em praticidade e recursos nativos tais como:
- Gravação/regravação nativa em qualquer disco MD
- Proteção contra poeira e Riscos
- Tamanho compacto para armazenagem e transporte
- Maior capacidade (80 Min de música) até 1Gb de Dados. No CD temos (80 Min de Música) até 700 Mb de Dados!
Infelizmente devido as políticas brasileiras, mais uma vez o povo daqui, fica prejudicado em ser "excluído" das boas tecnologias mundiais. Se o custo do MD no Brasil, tivesse sido similar ao CD, talvez teríamos uma popularização do MD á ponto de até substituir o CD como foi no Japão.
Conforme pudemos ver, o MD para música pode não ganhar do CD em capacidade, pois praticamente estão empatados (80 Min), mas em questão de armazenamento Digital o MD tem capacidade de até 1 GB, enquanto o CD somente 700 Mb!
Algum de vocês já viu um MD-ROM no computador? Eu desde 1986 na informática nunca ví!
Mesmo para música, o MD é superior ao CD devido ao tamanho e formato, proteção de risco/poeira e outras funções.
Lembro de um amigo meu de faculdade, tinha MD no carro dele, e na época eu tinha CD (mas não gravava) e ele poderia gravar livremente. Foi a única vez na vida que tinha visto um MD, e agora no laboratório pela segunda vez.
Até a próxima com mais clássicos da eletrônica.
JMJG
Eng Eletrônico.