Vídeo Nostalgia. Formatando um Disquete de 5 1/4 com 360 Kb de Baixa Densidade (DD) no sistema MS-DOS num autêntico computador AT-486! Museu da Informática ESIJMJG.
Usuários de informática dos anos 1970 até 1989 estão muito familiarizados com as fotos acima. Este é o lote de antigos disquetes 5 1/4 polegadas (Floppy Disk) na categoria DD (Dupla Densidade) que possui a incrível capacidade de 360 Kb (Kilo Bytes)!
Mas estes discos precisam ser "Formatados" antes de serem usados! De fábrica eles vinham completamente zerados (mais tarde na versão 3 1/2 polegadas alguns fabricantes já formatavam para poupar tempo do usuário).
Quem usava computadores durante os anos 70/80 obrigatoriamente vão se lembrar do sistema MS-DOS (Microsoft) nas plataformas AT-X86.
Atualmente alguns arquivos de texto no pacote Office ocupam mais de 5 Mb, portanto nem dá para armazenar um texto atual neste disquetes antigos. Porém nos anos 70/80 usando sistemas D.O.S um arquivo de texto poderia ter muito menos de 360 Kb, portanto é espaço suficiente para caber textos nestes discos.
Mas não apenas textos, este discos já foram usados em larga escala para computadores da linha MSX/TRS/TK/CP da Prológica e até os famosos IBM-PC! Naquela época os computadores pessoais não tinha Disco Rígido (Winchester) pois eram muito caros e usados apenas em grandes computadores de empresas (substituindo os Gravadores de Fita K7). Para tanto um Drive de 5 1/4 era a única melhor opção de armazenamento de arquivos para computadores pessoais dos anos 70/80, se comparado aos gravadores de fita K7 de áudio!
O sistema D.O.S (Sistema de Disco Operacional) era o mais famoso nos anos 70/80 e muito antes dos sistemas gráficos Windows se tornarem populares o "DOS" era o padrão na época, um sistema operado completamente por texto, via linha de comandos (Prompt).
O Comando para formatar um Disquete era parecido com este:
Prompt> Format XX: (onde XX era a letra do Drive com o Disquete geralmente A: ou B:)
Outras derivações do comando poderiam ser:
Format XX: /S (formatava e instalava o sistema Boot mínimo)
Format XX:/Q (formatação rápida, apenas apaga o conteúdo do disco)
Format XX: /F:Tamanho em Kb. Exemplo Format A: /F:360 (permite especificar o tamanho manualmente, mas isso não era necessário pois o sistema já identificava o tamanho automaticamente)
Existem muito mais combinações, mas vamos comentar apenas estas mais comuns.
Geralmente o Disquete era A: ou B: (já que C: era geralmente o Disco Rígido onde o DOS estava instalado), mas para sistemas particionados e com mais unidades deveriam existir mais letras, principalmente para o CD-ROM! Porem a Controladora IDE só poderia permitir no máximo 2 Disquetes na máquina (2 Floppy Discs)! Por isso não existem unidades de disquete C: ou D:, estas letras eram usadas para definir unidades físicas de Disco Rígido ou CD-ROM!
Dentre os vários sistemas D.O.S, o mais famoso e popular é MS-DOS (Microsoft) que vinha "casado" em muitos computadores padrão AT-X86.
O mais famoso era o AT-286, chamado simplesmente de 286, que logo foi evoluído para o 386 e finalmente o 486 que era o mais evoluído processador de 16 Bits na época. Ainda depois do famoso Pentium 1 (sucessor do 486), se usavam disquetes de 5 1/4 nos computadores, mas logo ele foi substituído pelo 3 1/2 polegadas e a baia de 5 1/4 foi logo ocupada pelos modernos CD-ROM que faziam parte dos Kits Multimídia Sound Blaster!
CD-ROM que usava a mesma baia do 5 1/4 |
Após a popularidade do CD-ROM a baia de 5 1/4 foi ainda mantida fabricada até hoje nos gabinetes (pois o DVD-ROM ocupa o mesmo tamanho). Talvez seja por este motivo que este grande tamanho resistiu até os dias atuais, porém futuramente a baia de 5 1/4 poderá ter sua existência condenada a extinção, já que todas as mídias óticas (CD/DVD/BluRay) podem ser substituídas por outras mídias em forma de cartão.
Mas isso não é certeza, pode ser também que ainda exista pelo menos uma baia de 5 1/4 nos gabinetes mais populares, para garantir pelo menos um drive de DVD/BluRay, assim como os Disquetes de 5 1/4 que sobrevivem até hoje para nos lembrar de que nem tudo que é obsoleto na tecnologia, deixará de ser usado totalmente!
Até a próxima.
JMJG
Eng Eletrônico